Até hoje são apenas 11 Reservas Mundiais de Surf ao redor do mundo e a Guarda do Embaú é a nona, título oficializado e celebrado na I Conferência Pan-americana das Ondas. A titulação foi criada pela Ong Save The Waves Coalition (STW), com sede na Califórnia (USA), e é um importante instrumento de preservação não só das ondas, mas do meio ambiente e cultura local. 

“Depois da morte do Ricardinho dos Santos, a tristeza e indignação da comunidade se transformou em energia e todo mundo se engajou para conseguir tornar a Guarda em uma RMS. Foi um processo de três anos e só em 2019 ela foi consagrada como Reserva Mundial, isso quer dizer que agora ela atingiu as ações propostas pelo conselho”, explica Francisco Arenhart da Veiga Lima, geógrafo que estuda as reservas como um elemento a mais na proteção da zona costeira e atualmente é consultor do Programa Brasileiro de Reservas de Surf.

Nós da MIG acompanhamos todo o processo e fizemos questão de patrocinar o evento de 2019 que deu o título final para a Guarda. A importância de ser uma RMS colabora para a preservação do meio ambiente. Algumas das ações para se tornar Reserva foi, por exemplo, o monitoramento e saneamento ambiental do Rio da Madre e aulas de educação ambiental nas escolas da região. Mas com a ajuda do poder público outras ações também foral realizadas.

Acreditamos no surf como um instrumento de transformação. A Guarda do Embaú é hoje um marco na conservação ambiental e valorização da cultura e tradição local. Enós ficamos felizes de sermos daqui.