Assim como a Terra, o corpo também é composto por aproximadamente 70% de água. Ela está nas florestas, nascentes, céu, oceanos. Doce ou salgada, sabemos da importância da preservação desse recurso natural primário para que a vida aconteça, por esse motivo, o Dia Mundial da Água, 22 de março, foi criado pela ONU com objetivo de promover a conscientização pública sobre a conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos no planeta.
Esse ano, a data é ainda mais simbólica para a MIG pois, além do verdadeiro sentido de conscientização, a água foi o tema escolhido como inspiração da Coleção Sentidos – Primavera//Verão 23. Esse contexto nos faz pensar em referências, como o trabalho do fotógrafo colaborador William Zimmermann, que vive e trabalha através de uma forte conexão com a água e suas diferentes manifestações. O oceano é seu lar, sua trajetória e evolução na fotografia aconteceram principalmente dentro d’água.
Will compartilhou mais com a gente, continua para saber dessa história >>>
Como iniciou a sua história na fotografia?
Comecei em 2013, quando ainda trabalhava em uma loja na Guarda do Embaú. Na época pensava em trabalhar para pra mim em algo que pudesse me aproximar mais do surfe. Já surfava e queria poder viver mais tempo na praia em contato com as ondas.
A fotografia nunca tinha passado pela cabeça, até assistir um documentário sobre fotógrafos no mundo do surf e me despertou interesse! Comecei a pesquisar sobre equipamentos e percebi que teria um desafio pela frente pois os equipamentos tinham um alto custo, mas já tinha certeza de que era aquilo que eu queria. Depois de muita dedicação, consegui comprar meu primeiro equipamento, câmera, lente fisheye 10mm e mandei fazer uma caixa estanque.
Lembro a primeira vez que peguei a câmera e saí no intervalo do trabalho para fazer umas fotos. Fui pra água, fotografei e quando voltei para ver as imagens, percebi que estavam todas pretas. Naquele dia eu entendi que não bastava ter um bom equipamento, eu precisava estudar a fotografia e aprender a configurar a câmera. Sempre fui autoditada, pesquisando na internet e lendo muito sobre o assunto, testando na prática tudo o que eu estudava.
Porque você escolheu o mar como seu principal lugar de inspiração? Fale mais sobre a sua conexão com a água!
Escolher a fotografia na água foi muito natural. Eu surfava na época e já tinha uma forte conexão com o mar, então eu queria estar ali, com meus amigos surfistas, vendo as ondas de perto, mesmo que não fosse com a prancha.
Eu consigo criar mais dentro da água, os elementos se movimentam mais, as ondas, os surfistas, de baixo da água tem outras visões do movimento da prancha.
Na água eu ainda posso ter um contato mais próximo com os surfistas, é diferente de quando se está fora da água, mais distante deles!
Quais os desafios de trabalhar com a fotografia na água?
De um lado tem a parte legal que é estar no meio da galera na água, uma troca maior com os surfistas. De outro, os desafios como um bom preparo físico para suportar as condições do mar, às vezes tem corrente, se estiver mal posicionado diante da onda tem que nadar mais forte pra ela não quebrar na cabeça. Os próprios surfistas, às vezes, estão muito focados na onda e não percebem o fotógrafo, então tenho que ficar ligado.
Quando a bancada é de coral, geralmente é mais rasa e não tenho aquela profundidade maior pra ir lá no fundo, o que dificulta a movimentação na água.
Conhecer o mar, saber os limites, saber respeitar o mar.
Quais as particularidades da fotografia na água que mais te atraem?
A própria conexão que tenho com o mar, estar ali, sentir a água gelada ou quente, as texturas, o movimento da água, observar, esperar o momento certo que o sol vai sair de trás da nuvem e dar aquele brilho na água e aproveitar esse momento que as vezes dura pouco.
As fotos que mais gosto, muitas vezes não tem um surfista na onda, apenas a onda quebrando com uma paisagem de fundo, um background de montanha ou costão.
Outra coisa que gosto muito de usar é o flare, aqueles reflexos que acontecem quando fotografamos contra o sol, se tiver umas gotas de água na frente da lente vamos ter esse efeito, é algo que a gente consegue só dentro d’água, busco explorar bastante.
Se você pudesse dar dicas para os amantes da fotografia que querem começar a trabalhar com fotografia aquática!
Pesquisar bastante sobre qual o equipamento ideal para quem está começando. Uma lente 50mm na água pode ser legal no início e uma câmera que faça o maior número de fotos possíveis em sequência.
Quando tiver dúvidas, não ter vergonha de perguntar para quem já está no ramo, como funciona o trabalho e o que envolve a fotografia na água. Eu fiz bastante isso no início, contei com ajuda de fotógrafos como o @rafaski que me ajudou bastante no começo, o @henriquepinguim também. É legal ter referências na fotografia, pessoas que você admira e inspiram o seu trabalho.
Ter respeito pelo mar, saber o seus limites, estudar bastante e, o principal, ter uma linguagem própria na fotografia. Sei que no começo é difícil, mas é importante para se diferenciar dos outros fotógrafos. Eu acredito que ainda tem bastante espaço na fotografia pra quem consegue arriscar e criar algo novo.
Acreditar em si, se divertir. Buscar pelo seu melhor e tudo acontece no seu tempo. Pra quem sonha com isso, corre atrás do seu sonho!
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